quarta-feira, 24 de junho de 2020

História. A estacaria pombalina que segura Lisboa


As estacas sobre as quais foi reconstruída a Lisboa após o terramoto de 1755 foram peças centrais de uma exposição inaugurada em finais de 2015: uma oportunidade para perceber como funciona este sistema que sustenta os edifícios da baixa lisboeta.
Na exposição, que esteve patente durante vários meses na sede do Banco de Portugal em Lisboa (antiga Igreja de São Julião), era possível ver um conjunto de estacas que estiveram enterradas, na vertical, no solo de Lisboa desde o século XVIII até aos nossos dias.
Tratou-se de uma oportunidade rara para ver este tipo de estrutura idealizada para ajudar os edifícios a resistir a novos sismos. Sobre as estacas foi construída, na horizontal, uma grelha de troncos que sustenta as fundações, tudo em madeira de pinho verde, e ao qual não era retirada a resina, para resistir à passagem do tempo. O tão falado “sistema de estacaria” apenas precisava da água do rio para se manter e conservar em boas condições, até ao presente.
A estacaria, técnica bem documentada desde Vitrúvio (século I a.C.), já era usada em Lisboa antes do terremoto, mas foi durante a reconstrução da cidade que passou a ser obrigatória.

Referências:
Filipa Dias Mendes - Estacas pombalinas. [em linha]. Lisboa: RTP. [Consultado em 20.06.2020]. Disponível em WWW <URL: https://ensina.rtp.pt/artigo/a-estacaria-pombalina-que-segura-lisboa/)>